Chovia e estava um pouco escuro, mas tudo se iluminava quando relampejava. Ele andava um pouco trôpego, mas confiante, mesmo que não soubesse muito bem aonde estava indo.
Parou.
Que fazer? Não sei e já nem quero saber.
Embora perdido, felicitava-se:
Estava livre, mesmo não sabendo muito bem o que fazer com isso.
De princípio estranhou, porque estar, assim, solto, era novo demais. Era reconfortante, apesar de impossível de se nomear efetivamente. Sentiu-se acarinhado, pôs-se a caminhar novamente.
Não havia ninguém por perto, para testemunhar o que se seguiria.
Do nada, veio o tiro, que tirou completamente a liberdade do rapaz e deixou a boca, antes com o gosto do inominável, com gosto de sangue, real e concreto.
Ele voltara ao concreto do chão.
Desafio da Última Linha
Acompanhe aqui as sugestões de cada um:
Desafio dos Títulos -Encerrado
terça-feira, 20 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Os pequenos espectros
Ao contrário do que se vê na crença popular, os pequenos espectros caminham a qualquer hora, podendo inclusive aparecer à luz do dia, andando trôpegos e lentos, como sempre fizeram.
Estão perdidos, mas andam certos, mesmo que para lugar nenhum, já que não têm lugar.
Embora não se deem conta de que o fazem, existem por aí, com a intenção magna de um ser: procurar a existência plena.
A subsistência.
Eis a razão de ser deles, que mal têm o que vestir. Andam sujos e surrados, preocupados apenas com o agora, o instante-já, porque o futuro a Deus pertence – e Ele há muito tempo se esqueceu desses seus filhos sem alma.
Um dia, quem sabe, encontrarão a luz e voltarão aos braços do Pai eterno.
Enquanto não o fazem, continuam aos pés do pai terreno, que os dá um luzir de alegria dentro da caverna de suas vidas, onde a esperança e o futuro já desistiram de chegar.
Estão perdidos, mas andam certos, mesmo que para lugar nenhum, já que não têm lugar.
Embora não se deem conta de que o fazem, existem por aí, com a intenção magna de um ser: procurar a existência plena.
A subsistência.
Eis a razão de ser deles, que mal têm o que vestir. Andam sujos e surrados, preocupados apenas com o agora, o instante-já, porque o futuro a Deus pertence – e Ele há muito tempo se esqueceu desses seus filhos sem alma.
Um dia, quem sabe, encontrarão a luz e voltarão aos braços do Pai eterno.
Enquanto não o fazem, continuam aos pés do pai terreno, que os dá um luzir de alegria dentro da caverna de suas vidas, onde a esperança e o futuro já desistiram de chegar.
Assinar:
Postagens (Atom)