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terça-feira, 21 de abril de 2009

[Desafio - A Máquina do Mundo] Distopia Real

Em um futuro (distante ou não, fica a sua escolha) há uma sociedade. Nessa, existem Ministérios da Verdade, bebês se desenvolvendo bocais, livros sendo queimados e passando às desinteressadas gerações seguintes através de contadores de histórias, somas. Dessa sociedade, quem toma conta é o poderoso governo, mas quem manda são Umbrellas. Não há privacidade, mas há grandes tevês cobrindo as superfícies das paredes e pequenas caixas acesas pelas quais se pode ver e ser visto, escutar e ser escutado, e por onde cada indivíduo aceita ser controlado.

Nessa sociedade, na qual cada indivíduo pertence a todos, as emoções são distribuídas e apagadas, contidas, esquecidas e torturadas, até que haja amor somente pelo sistema. O sexo é liberado desde que não haja constância de parceiros ou não é liberado de todo, já que leva à felicidade desassociada da empresa controladora. Cada indivíduo é reconhecido e respeitado por determinadas vestimentas ou pela falta delas, pelos atributos físicos ou por sua falta. Cada indivíduo trabalha pelo bem comum da sociedade, mesmo que esse bem comum nunca o alcance, sua vida sendo sempre mais miserável que a da geração que o anteceu, sua crença de que essa é sempre mais próspera - fé e realidade degladiando-se no cotidiano.
Ali, ao mesmo tempo, a história é diferente. Ou é vista como algo ultrapassado ou é feita de acordo com quem a escreve e modificada ao seu bel-prazer. Ultrapassado e ridículo também é o ato de pensar – impressionante como as pessoas do passado gastavam tempo pensando, quando tantos jogos e diversões poderiam tomar seu lugar. A máquina desse mundo funciona sempre na direção da felicidade comum, do bem-estar geral e do progresso. A máquina desse mundo funciona sempre na direção do enriquecimento de quem o comanda, da potencialização do poder de quem está em seu topo e do agravamento da miséria de sua base. Afinal, 2 + 2 = 5. Viva o doublethink!
Qualquer semelhança na descrição dessa sociedade futurística e imaginária com as de Admirável Mundo Novo, 1984, Farenheit 451, Resident Evil, Equilibrium, Nós ou mesmo a nossa é mera coincidência.

2 comentários:

Pedro disse...

É quando nós nos damos conta de que o futuro já é passado...


Bom vê-la postando, Jessyca, já quase desistira! :p

Victor disse...

A Jessyca!