Quando as sirenes chegaram e te levarem a outro lugar: lembra meu rosto te dizendo adeus, lembra minhas mãos, agitando o vento da gare. Congela aquele instante, porque eu, eu vou me salvar; e tu, eu não sei.
Escondi as provas num caminho isolado, numa cabana abandonada na floresta; lá onde as sombras desenham contornos na terra. Procura na escrivaninha mofada, uma das suas gavetas conterá tudo o que ninguém pode ver.
Não te preocupes: guardo comigo uma foto tua antiga, em que me olhas um sorriso descabelado e desconfiado. Está na minha carteira, aquela velha de couro falso; o tom sépia do teu rosto vai me fazer esquecer a fuga.
Pensa bem, meu amor, nosso romance será escrito pelo telefone, entre orações bêbadas e arrependimentos, e descuidos, e confissões chorosas. Construiremos, pensa bem, um legado de saudade e crime, a nossa história.
Desafio da Última Linha
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Desafio dos Títulos -Encerrado
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3 comentários:
Tô começando a ter medo de você.
Segundo texto com assassinato SEGUIDO! hahahah
assassinato?
Hahaha É mesmo! Meio macabro, mas divertido.
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